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É referido que as redes sociais, enquanto ferramentas da web 2.0, têm alterado a forma como os utilizadores interagem com a internet. Esta evolução de comportamento e educação tem vindo a modificar a forma como os jovens processam, organizam e partilham o conhecimento. Assim, tendencialmente, a escola e os professores recorrem a estas ferramentas em contexto educativo de modo a envolver os alunos de uma forma mais participativa e colaborativa na aprendizagem. | É referido que as redes sociais, enquanto ferramentas da web 2.0, têm alterado a forma como os utilizadores interagem com a internet. Esta evolução de comportamento e educação tem vindo a modificar a forma como os jovens processam, organizam e partilham o conhecimento. Assim, tendencialmente, a escola e os professores recorrem a estas ferramentas em contexto educativo de modo a envolver os alunos de uma forma mais participativa e colaborativa na aprendizagem. | ||
Revision as of 16:42, 26 September 2013
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Tecnologias da Comunicação em Educação: REDES SOCIAIS Programa Doutoral Multimédia em Educação | 2013/2014 Daniel Sampaio |
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Contents |
Conceito de rede social
A utilização crescente das redes sociais em contextos formais e profissionais de aprendizagem levam-nos a uma análise das vantagens da sua integração na nossa prática diária. É sabido que para os jovens a utilização de redes sociais como forma de divertimento, partilha de interesses e comunicação são consideradas muito interessantes. Assim, acreditamos que a utilização das redes sociais em contextos formais de aprendizagem pode levar a uma maior participação dos jovens promovendo uma aprendizagem mais ativa e interventiva.De acordo com a definição base de Rede Social (…)
Para Aresta, Moreira e Pedro (2008), o conceito de software social no campo da educação é utilizado como forma de comunicação, facilitando o contacto e discurso entre grupos, permitindo assim que os diferentes elementos dos grupos acompanhem, através da rede, as diferentes contribuições. Ainda neste domínio, a partilha de conteúdos e de recursos e o desenvolvimento de formas colaborativas de agregação e indexação de informação promovem o conhecimento e a aprendizagem. Assim, após leitura de artigos da especialidade (McLoughlin e Lee, 2007; Barros, 2011; Minhoto e Meirinhos, 2011) podemos resumir que as redes sociais são consideradas ambientes colaborativos de aprendizagem trazendo diversas vantagens:
- Ao nível pessoal e de relacionamento: competências e ligação social, interação e comunicação, diminuem o isolamento e o receio da crítica, aumenta a autoconfiança, autoestima e integração no grupo, desenvolvimento do pensamento crítico, promove o conhecimento de diferentes temas, reforça a ideia de que cada aula é também um professor;
- Ao nível do grupo: maior aproximação entre alunos, partilha de opiniões e ideias fomentado o interesse na participação, responsabilização pela própria aprendizagem e pela aprendizagem do grupo, incentiva os alunos a valorizar as experiências que se partilham, transforma a aprendizagem numa atividade social, os conteúdos são mais ricos porque há o contributo de vários alunos.
Considera-se que a rápida evolução da utilização das redes sociais emerge das práticas de interação que estão orientadas para a partilha e formação de grupos com os mesmos interesses, independentemente da localização geográfica dos utilizadores, desta forma, em grupo é potenciada a partilha da informação de forma colaborativa. Enquanto cada utilizador de um grupo numa rede social faz uma participação individual, está também a contribuir para a aprendizagem dos outros. Assim, Santamaría (2008) considera que os serviços de redes sociais permitem conceber ambientes colaborativos entre pares, isto é, espaços de encontro entre os diferentes intervenientes no processo de ensino e aprendizagem.
Enquanto professores consideramos importante aproveitar estes espaços de interação (redes sociais) e utiliza-los como potenciadores de uma aprendizagem colaborativa.
Definição semântica/Sociológica (em actualização)
Definição estrutural (em actualização
Redes sociais em contexto educativo
É referido que as redes sociais, enquanto ferramentas da web 2.0, têm alterado a forma como os utilizadores interagem com a internet. Esta evolução de comportamento e educação tem vindo a modificar a forma como os jovens processam, organizam e partilham o conhecimento. Assim, tendencialmente, a escola e os professores recorrem a estas ferramentas em contexto educativo de modo a envolver os alunos de uma forma mais participativa e colaborativa na aprendizagem.
Através de pesquisa e análise de alguns artigos científicos procuramos analisar quais as redes sociais mais utilizadas num contexto educativo, de forma a conseguirmos perceber de que forma são utilizadas e que tipo de avaliação é feita (da sua utilização).
(em atualização --> redes mais utilizadas | contextos | análise e avaliação das redes )
Após a análise de alguns estudos que utilizaram as redes sociais em contexto didático e que promoveram a aprendizagem de conteúdos específicos de várias disciplinas, verificámos que são utilizadas várias formas para a análise ou avaliação da utilização das redes sociais. De forma global, podemos dividir essa análise/avaliação em três grupos:
- análise das perceções dos alunos face à utilização de uma rede social – em que através de um questionário os alunos indicam as vantagens, desvantagens, limitações, sentimento relativo à partilha durante a utilização de uma rede social (Aresta, Moreira e Pedro, 2008; Balogné Bérces et al, 2011);
- avaliação das aprendizagens através das interações na rede social – existem várias dimensões de análise que vão sendo adaptadas de acordo com a especificidade do contexto (Loureiro et all, 2009; Gonçalves, Loureiro e Neri de Souza, 2010 ;Minhoto e Meirinhos, 2011; );
- análise e avaliação das questões realizadas pelos alunos durante a utilização de uma rede social como promoção e incentivo ao questionamento num contexto específico (Neri de Souza e Moreira, 2009; Canella, Ciancimino e Campos, 2010).
Exploração de Redes Sociais
Tendo em consideração a identificação de diferentes plataformas tecnológicas de comunicação, que possam ser um suporte a atividades de ensino e aprendizagem, o grupo de trabalho decidiu fazer a análise de três redes sociais, que por definição têm diferentes propósitos. Assim, as redes sociais em análise são as seguintes: YouTube, CouchSurfing e Mixxt. Seguidamente será feita uma descrição de cada rede social e a respetiva comparação das funcionalidades para a sua utilização em contexto educativo.
YOUTUBE
A rede social denominada por Youtube é considerada um site aglutinador de vídeos, na qual o utilizador pode fazer upload, publicar e visualizar vídeos em streaming e sem grandes conhecimentos técnicos (Burgess & Green, 2009). Relativamente à sua utilização em contexto educativo vários são os autores que defendem que os professores devem utilizar os diversos tipos de média para alcançar os alunos (Cruz, 2008; Caetano & Falkembach, 2007). Isto é, um professor que conhece os seus alunos sabe que tipo de informação será mais facilitador para aprendizagem e, se o professor conseguir desenvolver os seus próprios materiais será mais fácil o processo de aquisição de conhecimentos.
(teremos de completar informação)
COUCHSURFING
Relativamente à rede social CouchSurfing foi criada com o objetivo de ligar diversos utilizadores numa comunidade global de viajantes. Ao utilizar esta rede pode-se procurar um lugar para visitar, definir e mostrar pontos de interesse a visitar num local, partilhar uma casa ou partilhar a viagem com outros utilizadores. Não se pretende a troca de dinheiro mas, comentários sobre as atividades realizadas, locais visitados ou sobre a casa que foi partilhada. A comunidade refere que a definição de um bom perfil de utilizador é o mais importante, pois o perfil criado servirá para fazer a ligação entre diferentes pessoas com os mesmos interesses.
É uma comunidade global de 6 milhões de utilizadores em mais de 100 cidades que partilham a sua vida, o seu mundo, a sua viagem. O Couchsurfing conecta viajantes com uma rede global de pessoas dispostas a partilhar de maneira profunda e significativa, tornado viajar uma experiência social (https://www.couchsurfing.org/n/about, 23.09.2013).
MIXXT
Mixxt é uma plataforma online, que permite a criação de redes sociais para grupos públicos, privados e semiprivados, podendo ser comparada com outras plataformas similares tais como Ning, Grou.ps, Social Go, Elgg, Oxwall, entre outros. Esta plataforma, numa versão gratuita, disponibiliza diversas ferramentas gráficas para cada uma das redes sociais criadas, sem ser necessário ter conhecimentos informáticos a níveis de programação, permitindo uma organização do grupo, comunicação entre os diversos elementos e a partilha de conteúdos entre si.
Sendo as redes sociais plataformas de comunicação, interação e partilha, podem estabelecer condições para a colaboração e socialização entre grupos em diferentes contextos educativos. Após análise de literatura da especialidade é possível verificar que existem vários estudos (Neri de Souza & Moreira, 2009; Gonçalves, Neri de Souza & Loureiro, 2010; Minhoto & Meirinhos, 2012) de aplicação de redes sociais e suas ferramentas como apoio a disciplinas ou em contextos de estágio, nas quais os tipos de participação e interação dos alunos são analisados de acordo com os objetivos definidos.
Exploração de funcionalidades das redes sociais
Após a análise e diversos testes em cada uma das plataformas selecionadas, decidimos criar uma tabela com todas as suas funcionalidades, para que, posteriormente se possa fazer uma análise da sua utilização nos diferentes contextos educativos.
Aplicação de uma Rede Social em sala de aula
Primeiro cenário: A utilização do CouchSurfing em contexto educativo
1. Relevância
Os planos curriculares dos cursos de Aprendizagem contêm 6 Unidades de Formação de Curta Duração (UFCD) relacionada com a aprendizagem do Inglês. O Couchsurfing (http://www.couchsurfing.org) é particularmente relevante na UFCD Viajar na Europa.
Sendo uma rede que ‘foi criada com o objetivo de ligar diversos utilizadores numa comunidade global de viajantes’, pretende-se incutir nos formandos 1. a vontade de viajar de forma simples, promovendo a interculturalidade; e 2. abertura para receber e albergar viajantes de todo o mundo, partilhando e vivendo o que a própria cidade oferece. Com estes objetivos e com a possibilidade de ligação a viajantes, esta rede permite troca de experiências, ideias, dicas, etc., baseado nas vivências de cada viajante, poderá justificar a utilização desta rede num contexto educativo.
A nível da disciplina do Inglês, o Couchsurfing é muito útil pois consciencializa os formandos da necessidade de se falar Inglês para viajar. O Inglês é a linguagem mais usada no Couchsurfing, apesar de o site disponibilizar a criação do perfil em várias línguas. É só realizar uma pequena análise dos posts no grupo do Porto (https://www.couchsurfing.org/n/places/porto-porto-district-portugal/conversations?page=2) para perceber que o Inglês é utilizado na (praticamente) totalidade das mensagens.
2. Inserção
A inserção dos formandos na rede Couchsurfing pressupõe um trabalho de conteúdos anterior. Este trabalho criará um conjunto de textos que se poderão utilizar na criação do perfil de Couchsurfing.
A Ilustração dois mostra que a UFCD Viajar na Europa é a terceira unidade do plano curricular. Nas unidades anteriores, em consonância com os conteúdos previstos nos conteúdos de cada UFCD, são também trabalhados, de forma paralela, as 6 unidades representadas na tabela um. Após a unidade 6 haverá uma aula de conversação sobre as empresas low cost. No final da mesma é exibida uma reportagem da SIC intitulada ‘surfistas de sofá’ que apresenta o fenómeno aos alunos.
Na sessão seguinte, o site é apresentado aos formandos através do perfil do professor (https://www.couchsurfing.org/profile.html?id=3HI7JJF). Em Pleno e em modo expositivo, os formandos tentam reconhecer a informação que o professor apresenta e, a seguir, regressam aos trabalhos que realizaram a fim de agregar os textos que já produziram nas sessões anteriores.
3. Criação do perfil
O passo seguinte é, em ambiente de sala de computadores, transformar os textos necessários à criação do perfil em suporte word. É necessária muita insistência do professor para que os seus formandos tenham o caderno diário em dia, com todos os trabalhos de escrita realizados em formação lá presentes – um bom método é a inclusão da análise do caderno diário como elemento de avaliação da UFCD.
A seguir a este trabalho, os formandos avançam para a criação do perfil. Apesar de cada formando ter de apresentar um perfil próprio, é, aqui, encorajado o trabalho de pares (ou trio). De salientar que este a criação do perfil online é um dos elementos de avaliação final desta UFCD (33% da nota final).
Os passos seguintes são:
a) Ligação da turma em grupo. Este grupo funcionará como um fórum entre os elementos da turma.
b) Troca de referências entre os elementos da turma.
Os seguintes links ligam a alunos de uma turma que criaram perfis:
http://www.couchsurfing.org/people/bruno-silva2/
http://www.couchsurfing.org/people/diogo.moreira/
http://www.couchsurfing.org/profile.html?id=5H9X733HP
http://www.couchsurfing.org/people/ana_catarina/
http://www.couchsurfing.org/people/alexandreferreira1/
4. Objetivos
No final desta unidade pretende-se que os formandos:
a) Consultem perfis de outros viajantes
b) Selecionem, organizem e sistematizem a informação recolhida em unidades anteriores
c) Prepara a viagem a realizar
d) Preencham perfis online
e) Identifiquem países e cidades a visitar assim como respetivos hosts
f) Selecionem possíveis viajantes através da ferramenta ‘surfers looking for a couch’
5. Feedback
(em actualização)
Segundo cenário: Utilização da Ferramenta Youtube em contexto de sala de aula
Em resultado da minha atividade como docente fui direcionado, em conformidade com as planificações realizadas e os critérios estabelecidos para a disciplina de TIC, a ensinar aos alunos o funcionamento da ferramenta YouTube. A utilização desta ferramenta pelos diversos alunos rapidamente ganhou as mesmas funcionalidades de uma rede social dentro e principalmente fora da sala de aula. Esta ferramenta foi utilizada para:
- cativar a atenção dos alunos dentro da sala de aula;
- desenvolver competências multimédia;
- compreender o significado duma ferramenta Web 2.0;
- motivar o aluno no seu trabalho;
- criação de grupos de trabalho;
- promover a interação entre os diversos indivíduos (Professor e alunos);
- permitir uma acessibilidade à ferramenta fora da sala de aula.
O objetivo principal foi criar no aluno um estímulo pelo uso das novas tecnologias e promover o uso de ferramentas colaborativas.
De acordo com as funcionalidades do Youtube, na sala de aula foram utilizadas as seguintes:
- edição de vídeo - http://www.youtube.com/editor;
- criação de canais de vídeo no menu "O meu canal";
- inserção de vídeos com conteúdos de elevado interesse e contexto informativo sobre a matéria lecionada;
- "troca" e "partilha" de vídeos entre os alunos no menu "adicionados à lista de reprodução";
- comentários entre os diversos alunos a cada vídeo colocado nos diferentes canais dos alunos (imagem Youtube1).
Foi neste último ponto que se iniciou a funcionalidade básica de uma rede social, a partilha e a troca de informação entre os diversos elementos, isto porque, cada aluno após a colocação de um vídeo verificava que o mesmo era visualizado e comentado pelos diferentes alunos, tornando-se alguns desses vídeos favoritos no canal de outros alunos e criando assim uma troca de informação e opiniões entre os utilizadores.
Cada aluno criou o seu canal de vídeos inserindo os vídeos que achavam de interessantes e com informação significativa sobre determinados conteúdos lecionados na disciplina de TIC.
Como se pode verificar pela imagem seguinte a interação entre os diversos alunos está implicita na troca de mensagens, dentro e fora da sala de aula.
(em atualização)
Terceiro Cenário: Utilização de plataformas para a criação de redes sociais
Como professora na área da informática, a utilização de ferramentas da web 2.0 é uma prática diária, maioritariamente com alunos do ensino secundário e alunos de cursos profissionais. Na minha perspetiva, a rede social é uma das ferramentas mais utilizada pois congrega várias outras funcionalidades que podem ser úteis para o trabalho com o grupo de alunos definido. Já se tem tornado uma prática a criação de redes sociais fechadas ou grupos privados, deve-se ao facto de tornar os dados dos alunos privados, assim, como as suas publicações e interações e de os deixar mais confortáveis durante o trabalho.
A rede social é criada, em modo privado, de modo a que todos os alunos da turma se inscrevam e criem o seu perfil, de forma autónoma e explorando todas as funcionalidades da rede social: blogue, lista de eventos, fórum e chat. Após todas as configurações são definidos os objetivos para a utilização das diversas ferramentas, tendo em consideração o contexto em trabalho. Nesta fase, os alunos ficam a conhecer as formas e tipos de avaliação relativas à utilização da rede social, que serão explicadas mais à frente.
Seguidamente são explorados os contextos nos quais já foram utilizadas as redes sociais:
- em contexto de estágio: os alunos vão realizar a formação em contexto de trabalho (FCT - estágio) em diversas empresas da região, estando distanciadas geograficamente e, os professores orientadores fazem o acompanhamento presencial da FCT apenas uma vez por semana. A rede social é criada com o objetivo de promover comunicação e entreajuda entre todos os participantes deste contexto. Os alunos vão escrevendo, no fórum, as suas dúvidas relativamente a algumas das tarefas propostas, fomentando, assim, o incentivo à colaboração e discussão, através da partilha de formas de resolução do problema enviadas pelos restantes colegas. Os blogues como funcionalidade da rede social também são utilizados para que cada aluno faça um registo da sua atividade semanal, assim, os professores orientadores conseguem fazer o acompanhamento da evolução do aluno em qualquer momento. A agenda (eventos) é utilizada para a calendarização de tarefas a cumprir, marcação de visitas de acompanhamento e de avaliação;
- em contexto de disciplina (em modo blearning): os alunos estão em sala de aula, mas há tarefas que são realizadas na rede social. Inicialmente são definidos os temas do trabalho, os alunos organizam-se em grupos de trabalho e através de um fórum vão discutindo e partilhando ideias para a resolução de um problema (deixando questões, comentários, sugestões, pesquisas). Neste contexto, os blogues são utilizados como diário de bordo em que é feito um registo do trabalho desenvolvido e a respetiva autoavaliação. A professora interage com os alunos, enviando feedback relativamente à forma como o trabalho está a ser desenvolvido, interagindo nas discussões dos vários grupos de trabalho. Os eventos são utilizados como ferramenta de calendarização de tarefas.
As imagens seguintes exemplificam a utilização de Redes Sociais em cada um dos contextos descritos anteriormente:
A utilização de uma rede social não pressupõe que os alunos sejam conhecedores de todas as funcionalidades. No entanto, os alunos têm demonstrado grande facilidade na adaptação e utilização das várias ferramentas, mesmo as mais avançadas em cada uma das funcionalidades de uma rede social.urante
Durante a realização das tarefas e após a realização do trabalho, os alunos sabem que existe uma avaliação que é feita pela sua interação e pelos registos deixados. Dependendo da situação didática em que a rede social é utilizada a avaliação é feita em contexto online, aproveitando todos os registos e as funcionalidades da rede social. A avaliação pressupõe uma análise das aprendizagens dos alunos que, ao mesmo tempo serve de incentivo à participação e colaboração e também poderá levar a uma reestruturação das opções tomadas relativamente ao processo ensino e aprendizagem (Loureiro et all, 2009). Desta forma, indico as dimensões consideradas para a avaliação das aprendizagens numa rede social:
- a participação no fórum e blog;
- interação no fórum;
- questões escritas no fórum;
- descrição das tarefas/atividade no blog;
- cumprimento dos prazos das várias tarefas;
- escrita correta da língua portuguesa.
De forma a promover o incentivo à participação ativa dos alunos é utilizado o esquema de análise de interações proposto por Loureiro (2009), que avalia as seguintes dimensões:
- participação passiva - acesso apenas para leitura;
- participação ativa - disponibilização de conteúdo, opinião;
- interação - mensagens que fazem referência a outros participantes;
- partilha de informação - mensagens que emitem opinião;
- discussão - mensagens onde se identificam problemas ou questões relevantes para o problema enunciado.
Estas dimensões são analisadas e avaliadas, com frequência semanal (por exemplo), sendo este feedback disponibilizado na rede social. O envio desta informação é considerado mais uma forma de incentivo à participação.
Assim, considero que a utilização de uma rede social em qualquer um dos contextos descritos é uma forma de aprendizagem colaborativa, não só dos conteúdos a abordar na temática da disciplina, mas também ao nível da utilização e exploração de ferramentas da web social.
Fazendo uma análise relativa aos cenários apresentados anteriormente, nos contextos didáticos da informática, considero que a utilização da rede social CouchSurfing não seria muito adequada para a aprendizagem de conteúdos temáticos. No entanto, a criação de um perfil, as pesquisas de informação, a interação nos fóruns são funcionalidades transversais a todas as redes sociais, que motivam os alunos para a aprendizagem, colaboração, partilha, interação e discussão.
Relativamente à utilização do YouTube numa disciplina de informática e em unidades específicas poderá ser muito interessante. Pois, para além da utilização das funcionalidades base de uma rede social, a utilização do Youtube incentiva também os alunos à criação, edição, publicação e partilha de vídeos, levando-os a interagir com os colegas (pressuposto essencial de uma rede social).
Conclusão/Discussão
(em atualização)
Referências bibliográficas
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- Burgess, J., e Green, J. (2009). YouTube ea revolução digital. São Paulo: Aleph.
- Caetano, S. e Falkembach, G. (2007) Youtube: uma opção para uso do vídeo no EAD. IX Ciclo de Palestras sobre as Novas Tecnologias na Educação. RENOTE – Revista da Novas Tecnologias de Educação, Julho. CINTED - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Brasil. Disponível em: http://www.cinted.ufrgs.br/ciclo9/ artigos/3aSaulo.pdf. Acedido em 24/09/2013.
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