BobGill
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| - | Os trabalhos que escolhi do Bob Gill, centram-se na composição | + | Os trabalhos que escolhi do Bob Gill, centram-se na composição de vários elementos para que resolva o problema de comunicação do seu cliente. A maneira como ele vê e resolve os projectos que tem é brilhante. Nunca fala em conceitos. Conceito, tinha o Einstein com a teoria da relatividade. Os designers têm ideias, para resolver os problemas. E é o que a obra de Bob Gill nos ensina. No primeiro trabalho, temos uma ilustração de duas cabines telefónicas. Antes de criticar o design, e seguindo a linha de pensamento de Bob Gill, em que para se criticar um design (a solução) primeiro temos de saber qual o problema: uma empresa tem escritórios em Nova Iorque e em Londres, e quer de uma forma, dizer que estão os dois conectados, que há comunicação e que podem trabalhar nos dois lados do Atlântico. Bob GIll, utiliza então um elemento identificativo de Londres, que existe só naquele país, que são as cabines telefónicas vermelhas. E do outro lado, coloca uma cabine telefónica de Nova Iorque, degradada por "arte da rua", sendo esta muito comum nas cidades com mais população dos E.U.A<br /><br /> |
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| + | No segundo trabalho, temos um cartaz que Bob Gill fez para uma Convenção Annual. Neste problema, residia a ironia de duas pessoas extremamente competitivas entre si, que pudessem esquecer por uns momentos essa sua competitividade, mas que tenham sempre na mente presente esse facto. Nada melhor que essas duas pessoas terem 3 braços, os da frente a cumprimentarem-se e o de trás, ou com uma pistola, ou com uma faca para tentar “matar o outro”.<br /><br /> | ||
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| + | No terceiro trabalho aqui apresentado, existia o problema de fazer um cartaz de um evento com vários estilos de dança. Bob Gill foi assistir a alguns ensaios, e pelos seus rascunhos que fez durante o tempo que esteve a assistir, viu que era impossível mostrar todos os estilos de dança que o evento iria possuir. Então decidiu também ele tornar a imagem impossivel, mas que cumpre o seu objectivo de uma maneira muito simples. Um casal a dançar, com várias pernas e braços, cada um vestido com os trajes próprios dos bailarinos. Conclusão: uma mistura irreal de bailarinos, que mostraque o evento irá ser muito ecletico, mostra velocidade e diversidade, mas que no fundo, apenas tem dois bailarinos. <br /><br /> | ||
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| + | Na quarta imagem que vos apresento deste autor, para mim é uma imagem bastante cómica, e que espelha na realidade a liberdade que as pessoas têm ao trabalharem em casa. Normalmente numa empresa, existe um “dress code”, mas para os trabalhadores que não precisam de sair da sua habitação para trabalhar, este “dress code” é inexistente e desnecessário. Mostra a despreocupação que a pessoa poderá ter, mas mostra também a responsabilidade de trabalhar em casa.<br /><br /> | ||
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| + | No geral, Bob Gill ensinou-me a olhar de maneira diferente para o problema. A maneira de abordar um projecto alterou-se completamente depois de ler um dos seus livros. A capacidade dele para identificar qual o problema certo é excepcional. Pois na realidade, poderemos estar a falar com um cliente e pensarmos que o problema que vamos encontrar é um, mas na realidade é outro.<br /> | ||
| + | Neste trabalho, temos sempre que nos abstrair do molde que a cultura nos criou, nunca pensar que sabemos mais sobre o produto que o cliente tem do que o próprio dono do produto. Temos de ver as coisas pelas duas perspectivas. Pela perspectiva de quem faz, e a de quem vai usufruir daquele design. | ||
Latest revision as of 21:22, 15 December 2010
Nome e Apelido: Bob Gill
Nacionalidade: Americana
Idade: 79
Site pessoal: Bob Gill
Sites com informação adicional: Bob Gill na wikipedia
Técnicas e software utilizado: Sketches à mão, transportados para ilustração digital, utilizando freehand em alguns casos.
Keywords: bob gill, graphic design
Tema: D - Ilustração Digital
Contents |
Bio
Bob Gill nasceu em Nova Iorque em 17 de Janeiro de 1931. A mãe era professora de piano, e a música influencio-o de tal maneira que aos 10 anos de idade tinha já uma banda a tocar em Bar-mitzvahs.
Saiu de casa aos 17 anos para ver o mundo. Estudou design e desenho no Philadelphia Museum School of Art. Passados dois anos, e seis meses na Pennsulvania Academy of Fine Arts, Bob voltou a Nova Iorque onde abriu um escritório para trabalhar como freelancer. O escritório estava equipado com uma mesa de desenho, uma cadeira, um piano e uma cama. Quando Gill mostrou o seu portfolio a Alexey Brodovitch, uma fotografa conhecida na Rússia pela sua contribuição com a revista de moda Harper’s Bazaar, disse-lhe para esquecer o design e dedicar-se antes à fotografia mas Paul Rand, aconselhou-o a continuar com os seus projectos. O seu primeiro trabalho foi a capa da revista Interiors.
Paul Rand também é uma grande referencia no design gráfico, principalmente os logótipos que criou na altura. IBM, UPS e a NeXT de Steve Jobs foram alguns dos trabalhos mais importantes. Faleceu em 1996.
Em 1952 foi recrutado para o exército, e ficou por lá dois anos. Quando voltou para Nova Iorque o seu escritório tinha já um telefone. As suas ilustrações começaram então a aparecer em Esquire, The Nation, Seventeen, Fortune, Glamour, etc. Em 1955, foi-lhe pedido que fizesse a imagem de uma série da CBS chamada de “Private Secretary” e ganhou a sua primeira Medalha de Ouro da ADC por isso.
Nesse tempo, Bob Gill como os outros designer da época, preocupava-se com a estética e a forma comum de desenhar. Não estava interessado na forma de comunicar, mas sim no bom design. Enquanto trabalhava para a série da CBS, percebeu que essa forma comum, não o fazia sentir-se realizado enquanto designer, como a criação de coisas originais o deveria fazer. Para ele, um novo problema tinha de ter uma solução nova, e não a mesma dos outros trabalhos.
Em 1956, começou a leccionar na School of Visual Arts uma noite por semana. Obcecado pelo problem solving, Gill pedia sempre aos seus alunos para lhe mostrarem ideias e não layouts já feitos. Também não gostava muito de “conceito”, preferia o termo “ideia”, pois para a ideia passar a conceito, deveria ter um pensamento já bem estruturado e delineado. Nesta altura, lança também o seu primeiro livro ilustrado para crianças.
Em 1960, mudou-se para Londres e continuou o seu trabalho de ilustração de livros para crianças. Dois anos mais tarde, juntamente com 2 designers de Inglaterra, abriu um escritório – “Fletcher/Forbes/Gill”. Começou com dois assistentes e uma secretaria, hoje, esse mesmo escritório é chamado de Pentagram, e há filiais por todo o lado.
Embora a empresa estivesse a crescer, Gill demitiu-se em 1967 para trabalhar como independente outra vez. O primeiro trabalho que fez a seguir, foi a capa do Wonderwall dos Beatles e começou a leccionar outra vez, agora no Royal College of Art.
Passados 7 anos, com alguns livros de ilustração lançados e dezenas de trabalhos efectuados, Gill achou que Londres estava muito calma, comparado com a década de 60. Decidiu então voltar para Nova Iorque, onde continuou o seu trabalho.
Na área do design, Gill já lançou os seguintes livros:
"Forget all the rules you learned about graphic design.":
"Graphic design made difficult" publicado por Van Nostrand Reinhold
"Graphic Design as a Second Language" publicado por The Images Publishing Group, Australia
"Words into Pictures" publicado por The Images Publishing Group, Australia
"Unspecial Effects for graphic designers" publicado por Graphis Inc.
"LogoMania" publicado por Rockport Publishers, Inc.
O que Bob Gill defende:
Design é uma maneira de organizar alguma coisa. Não podemos segurar o design numa mão. Não é fisico. É um processo, um sistema, uma forma de pensar.
Não existe “bom design” ou “mau design”. O design é bom se consegue transmitir aquilo para que foi desenhado, se consegue resolver o problema da comunicação. È mau, se não conseguir.
Problema / Solução
O que precisa de ser organizado é o problema.
Design é a solução. Isto significa que o design apenas poderá ser avaliado (se é bom ou mau) se conhecer-mos o que o design é suposto organizar.
Um designer que sabe a solução antes de saber o problema, é tão ridiculo como um matemático saber que o resultado é 112, antes de ver a equação.
Trabalhos
Portfolio
Entrevistas
Entrevista em WNYC Link - Audio ou pode efectuar o download do ficheiro em mp3 File:Lopate112706b.mp3
Entrevista em Eye Magazine Link - text
Análise Crítica
Os trabalhos que escolhi do Bob Gill, centram-se na composição de vários elementos para que resolva o problema de comunicação do seu cliente. A maneira como ele vê e resolve os projectos que tem é brilhante. Nunca fala em conceitos. Conceito, tinha o Einstein com a teoria da relatividade. Os designers têm ideias, para resolver os problemas. E é o que a obra de Bob Gill nos ensina. No primeiro trabalho, temos uma ilustração de duas cabines telefónicas. Antes de criticar o design, e seguindo a linha de pensamento de Bob Gill, em que para se criticar um design (a solução) primeiro temos de saber qual o problema: uma empresa tem escritórios em Nova Iorque e em Londres, e quer de uma forma, dizer que estão os dois conectados, que há comunicação e que podem trabalhar nos dois lados do Atlântico. Bob GIll, utiliza então um elemento identificativo de Londres, que existe só naquele país, que são as cabines telefónicas vermelhas. E do outro lado, coloca uma cabine telefónica de Nova Iorque, degradada por "arte da rua", sendo esta muito comum nas cidades com mais população dos E.U.A
No segundo trabalho, temos um cartaz que Bob Gill fez para uma Convenção Annual. Neste problema, residia a ironia de duas pessoas extremamente competitivas entre si, que pudessem esquecer por uns momentos essa sua competitividade, mas que tenham sempre na mente presente esse facto. Nada melhor que essas duas pessoas terem 3 braços, os da frente a cumprimentarem-se e o de trás, ou com uma pistola, ou com uma faca para tentar “matar o outro”.
No terceiro trabalho aqui apresentado, existia o problema de fazer um cartaz de um evento com vários estilos de dança. Bob Gill foi assistir a alguns ensaios, e pelos seus rascunhos que fez durante o tempo que esteve a assistir, viu que era impossível mostrar todos os estilos de dança que o evento iria possuir. Então decidiu também ele tornar a imagem impossivel, mas que cumpre o seu objectivo de uma maneira muito simples. Um casal a dançar, com várias pernas e braços, cada um vestido com os trajes próprios dos bailarinos. Conclusão: uma mistura irreal de bailarinos, que mostraque o evento irá ser muito ecletico, mostra velocidade e diversidade, mas que no fundo, apenas tem dois bailarinos.
Na quarta imagem que vos apresento deste autor, para mim é uma imagem bastante cómica, e que espelha na realidade a liberdade que as pessoas têm ao trabalharem em casa. Normalmente numa empresa, existe um “dress code”, mas para os trabalhadores que não precisam de sair da sua habitação para trabalhar, este “dress code” é inexistente e desnecessário. Mostra a despreocupação que a pessoa poderá ter, mas mostra também a responsabilidade de trabalhar em casa.
No geral, Bob Gill ensinou-me a olhar de maneira diferente para o problema. A maneira de abordar um projecto alterou-se completamente depois de ler um dos seus livros. A capacidade dele para identificar qual o problema certo é excepcional. Pois na realidade, poderemos estar a falar com um cliente e pensarmos que o problema que vamos encontrar é um, mas na realidade é outro.
Neste trabalho, temos sempre que nos abstrair do molde que a cultura nos criou, nunca pensar que sabemos mais sobre o produto que o cliente tem do que o próprio dono do produto. Temos de ver as coisas pelas duas perspectivas. Pela perspectiva de quem faz, e a de quem vai usufruir daquele design.
